Você já ouviu falar de Chernobil ? O maior acidente nuclear da história.
Em meados da década de 1970, foi construída pela União Soviética uma central nuclear no noroeste da cidade. Entretanto, essa cidade não era a residência dos trabalhadores da usina. Quando a usina estava em construção, Pripyat, uma cidade maior e mais perto da usina, foi planejada e construída como residência para os trabalhadores.
Em 26 de abril de 1986 ocorreu o acidente nuclear de Chernobil. Um reator da central de Chernobil teve problemas técnicos e liberou uma nuvem radioativa contaminando pessoas, animais e o meio ambiente de uma vasta extensão de terras
Os operadores da usina nuclear de Chernobyl, realizaram um experimento com o reator 4. A intenção inicial era observar o comportamento do reator nuclear quando utilizado com baixos níveis de energia. Contudo, para que o teste fosse possível, os responsáveis pela unidade teriam que quebrar o cumprimento de uma série de regras de segurança indispensáveis. Foi nesse momento que uma enorme tragédia nuclear se desenhou no Leste Europeu.
Entre outros erros, os funcionários envolvidos no episódio interromperam a circulação do sistema hidráulico que controlava as temperaturas do reator. Com isso, mesmo operando com uma capacidade inferior, o reator entrou em um processo de superaquecimento incapaz de ser revertido. Em poucos instantes a formação de uma imensa bola de fogo anunciava a explosão do reator rico em Césio-137, elemento químico de grande poder radioativo.
Com o ocorrido, a usina de Chernobyl liberou uma quantidade letal de material radioativo que contaminou uma quilométrica região atmosférica. Em termos comparativos, o material radioativo disseminado naquela ocasião era assustadoramente quatrocentas vezes maior que o das bombas utilizadas no bombardeio às cidades de Hiroshima e Nagasaki, no fim da Segunda Guerra Mundial.
Ao terem ciência do acontecido, autoridades soviéticas organizaram uma mega operação de limpeza composta por 600 mil trabalhadores. Nesse mesmo tempo, helicópteros eram enviados para o foco central das explosões com cargas de areia e chumbo que deveriam conter o furor das chamas. Além disso, foi necessário que aproximadamente 45.000 pessoas fossem prontamente retiradas do território diretamente afetado.
Apesar de todos esses esforços, estudos científicos revelam que a população atingida pelos altos níveis de radiação sofre uma série de enfermidades. Além disso, os descendentes dos atingidos apresentam uma grande incidência de problemas congênitos e anomalias genéticas. Por meio dessas informações, vários ambientalistas se colocam radicalmente contra a construção de outras usinas nucleares.
Mesmo passado mais de 1/2 século do desastre, o professor de biologia Tim Mousseau, da Universidade da Carolina do Sul, EUA, afirmou que a região de Chernobyl ainda representa uma ameaça para a natureza. Mousseau é estudioso dos efeitos do acidente para a biodiversidade local e publicou em 2010 um censo sobre da vida selvagem na região.
De acordo com o professor, há hoje menos animais e espécies do que o esperado no entorno de Chernobyl, tanto no número de mamíferos quanto no de insetos. Além disso, em fevereiro de 2011 foram registrados 550 pássaros e 48 espécies de oito locais diferentes. Os animais tiveram seus cérebros medidos e as aves que habitavam locais de alta radiação tinham cérebros 5% menores do que as que viviam em locais com menor índice radioativo.
Fontes: http://www.brasilescola.com
wikipedia.org/wik
http://www.tecmundo.com.br/